Nossa passagem pelo México foi muito mais rápida do que gostariámos. Um pena! Este é um país colorido e com grande calor humano. Aqui estão o Nícolas, Carlos, Valéria e Charly. Gente boa que conhecemos no hotel em Monterrey, México.
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
SOY LOCO POR TI AMÉRICA
Nossa viagem está terminando... Foi um grande aprendizado!!
Estamos agora no norte do México, rumo à fronteira com os Estados Unidos.
Nestes dois meses tivemos uma certeza: soy loco por ti América!
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MINHA PÁTRIA É MINHA LÍNGUA
Já percorremos mais de 12 mil quilômetros, passando por 11 países. A diversidade cultural e, sobretudo, geográfica é enorme.
Entretanto, há uma coisa comum, que permeia toda essa viagem: a língua espanhola.
É admirável e surpreendente. Argentinos, chilenos, peruanos, equatorianos, panamenhos, costa-riquenhos, nicaraguenses, salvadorenhos, guatemaltecas, mexicanos (para ficar apenas nas nacionalidades que conhecemos) falam a mesma língua. De fora parece óbvio, mas de dentro é um espanto. Como conseguiram isso?
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
OAXACA, MÉXICO
Chegamos no fim de tarde em Oaxaca, depois de dirigir 9 horas por estradas estreitas, serras, passando pelo meio de cidades. A compensação foi a beleza das serras escarpadas e úmidas de Chiapas, as encostas secas cheias de cactos da região de Oaxaca e rodear as cadeias de montanhas azuis da Sierra Madre. Esta é a terra da tequila e do mescal, feitos com a pinha de agave (foto). Fomos revistados três vezes pelo exército em barreiras no meio da estrada.
A cidade estava lotada de gente para as festas de fim de ano. Música em vários lados da praça central, pessoas andando, comendo, vendedores de tudo circulando por todos os lados na noite de Oaxaca. Tomamos uma tequila com sal e limão e de repende ouvimos um arranjo mexicano de "garota de ipanema".
Este país é o máximo!
sábado, 26 de dezembro de 2009
CHIAPAS, MÉXICO
A ÚLTIMA FRONTEIRA...
Uma fronteira, seja ela de que natureza for, é sempre um espaço de tensões, diferenças, conflitos, transições.
Hoje cruzamos nossa décima-segunda e última fronteira, antes de entrar nos Estados Unidos: Guatemala/México. Foi um momento emocionante. Finalizamos a etapa centro-americana da viagem e iniciamos a terceira e última: América do Norte.
Depois de 12 fronteiras, gastando em média duas horas em cada uma com trâmites muitas vezes confusos e desnecessários, achamos que até dá para escrever um "Manual das Fronteiras Latinoamericanas". Enquanto não fica pronto, aí vão as três coisas que mais nos chamaram a atenção nessa experiência:
1) O espaço físico é um caos. Tem imigrantes, policiais, fiscais, cães farejadores, vendedores ambulantes, caminhoneiros, ônibus, lotações, batedores de careteira, despachantes, cambistas, tudo misturado, falando e andando para todos os lados. Os prédios são sujos e mal cuidados.
2) Não existem regras e procedimentos explicitados para orientar os viajantes. Tudo tem que ser descoberto na hora, um pouco na base da tentativa e erro.
3) A burocracia e a ineficiência são enormes.
Sonhamos com uma América sem fronteiras!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
VISITA AO LAGO ATITLAN
Véspera de natal, saímos cedo de Antigua para visitar o lago Atitlan, a 2 horas de carro. Lá vivem nas suas margens algumas comunidades descendentes dos maias. Por toda a estrada, dezenas de crianças acenavam, na esperança de receber doces que eram jogados pela janela dos carros.
?Um costume de navidad para crianças pobres que não ganham nada de papai noel?
O lago é grande e belo, rodeado por três vulcões. Um barco pequeno levou 25 minutos para nos levar da vila de Panajachel, onde chegamos até San Pedro de Atitlan, do outro lado. Havia um feira "medieval", muito interessante, cheia de gente, bichos, roupas e comida. As pessoas usam roupas coloridas, faixas bordadas e as mulheres, saias compridas com desenhos típicos de cada comunidade.
Voltamos no fim de tarde com um trânsito engraçado de tão infernal. Fazia frio.
Feliz Natal a todos!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
ANTIGUA, GUATEMALA
Vocês já tinham ouvido falar em Antígua?
Nós não. Essa foi uma das grandes e gratas surpresas da viagem.
Anteontem cruzamos Honduras, sem parar pelo caminho (um temor que no final se mostrou desnecessário). Foram cerca de 170 quilômetros entre a fronteira com a Nicarágua e com El Salvador, quando completamos 10 mil km de viagem. Dormimos em Santana, El Salvador, e ontem cedo entramos na Guatemala, seguindo para Antigua, uma cidade com 35 mil habitantes, a 1.600 metros de altitude, num vale, circundada por três vulcões imponentes.
Antígua é uma cidade belíssima, declarada patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO há mais de três décadas. Fundada em 1541, foi a capital de toda a centro-américa espanhola até que um terremoto destruiu cerca de metade da cidade no século XVIII. A combinação dos traços étnicos e culturais maias com o barroco espanhol é marcante.
Esse lugar tem um encanto tão forte que resolvemos ficar alguns dias. Passaremos o natal aqui.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
NA FRONTEIRA NICARAGUA - HONDURAS
Hoje voltamos cedo de San Salvador, pegamos a ONCA em Manágua (Nicarágua) e subimos rumo à fronteira com Honduras. Paramos em Esteli, uma cidade com cem mil habitantes, onde agora está havendo uma grande festa popular, com desfile de cavaleiros, trios, bandas tocando na rua, barraquinhas com comida na praca, e ruas lotadas de gente.
Amanha cruzaremos Honduras pelo sul.
sábado, 19 de dezembro de 2009
SAN SALVADOR: EM BUSCA DO VISTO.
Conseguimos o visto!
Hoje cedo voamos para San Salvador, capital de El Salvador, e fomos diretos para a Embaixada de Honduras. Estávamos muito apreensivos. Por sorte o consul estava lá e os trâmites foram rápidos. Em trinta minutos, saímos com os vistos estampados nos passaporte.
O sonho não acabou. A viagem continua!
Hoje cedo voamos para San Salvador, capital de El Salvador, e fomos diretos para a Embaixada de Honduras. Estávamos muito apreensivos. Por sorte o consul estava lá e os trâmites foram rápidos. Em trinta minutos, saímos com os vistos estampados nos passaporte.
O sonho não acabou. A viagem continua!
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
VIVA A NICARÁGUA!
Saímos bem cedo de San José de Costa Rica rumo a Manágua, Nicarágua. Foram 450Km, 9 horas de viagem, 7 dirigindo e 2hs de trâmites de fronteiras. Estes foram ainda mais complexos e demorados que os anteriores, mas compensou! Chegamos à Nicarágua. Logo nos primeiros quilômetros apareceu o Vulcão Conception, no meio do Lago Nicarágua, ao lado de outro, o Madera. O brilho intenso do sol da tarde deixou tudo especialmente vistoso, as pequenas vilas, a paisagem, as pessoas na beira da estrada, até os guardas com seus uniformes azuis escuros, sempre curiosos conosco.
No final da tarde, chegamos ao caos de Manágua, cidade grande e espalhada, onde as ruas não têm nome, as casas não têm número e os endereços são imprecisos - "duas quadras abaixo da igreja, vira a direita, casa da esquina." Sem brincadeira!
Encontramos rápido o Aeroporto para tratarmos de nossa viagem a El Salvador, o único país da América Central que reconheceu o novo governo de Honduras onde é possível o Visto de entrada, inlcusive para brasileiros.
Amanhã cedo deixaremos a ONÇA em Manágua e voaremos para San Salvador (capital de El Salvador).
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
NO MEIO DO CAMINHO TEM UMA PEDRA...
Tem uma pedra no meio do caminho. Para chegar nos Estados Unidos, obrigatoriamente temos que passar por Honduras.
Nem bem havíamos tirado a ONÇA do container, em Puerto Balboa (Panamá), um brasileiro atraído por nossa bandeira veio conversar. Disse que estava vindo de carro dos EUA e que teve um grande problema. Agora, brasileiros precisam de visto para entrar em Honduras. Disse também que enfrentou muita má vontade na fronteira. "O seu país está causando dificuldade para nós", diziam os funcionários da aduana.
Chegamos hoje a San José, capital da Costa Rica, e fomos direto à embaixada hondurenha, atrás do tal visto. A embaixada estava às moscas. Havia apenas uma funcionária dizendo que após o golpe, o staff rompeu relações (!) com o governo golpista.
Recorremos então à embaixada brasileira em Costa Rica, onde falamos diretamente com o embaixador brasileiro. Figura simpática e atenciosa, disse que todas as embaixadas hondurenhas na América Central estão fechadas, menos a de El Salvador. Esta seria a única possibilidade de obtermos visto. Ligamos para a embaixada hondurenha em El Salvador mas... o expediente já havia acabado.
Amanhã a história continua...
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
SANTIAGO, PANAMÁ -> QUEPOS, COSTA RICA
Cruzamos a fronteira Panamá/Costa Rica em Paso Canoa. Os trâmites foram razoavelmente fáceis. Apenas alguns carimbos de ambos os lados e pronto.
Logo de início, algumas coisas chamam a atenção em Costa Rica. As estradas pioraram muito, buracos, muitos caminhões, falta de acostamento. Apesar disso, a paisagem compensa. Foram, até agora, duzentos e cinquenta quilômetros atravessando florestas tropicais primárias, densas e exuberantes. Chegamos a Quepos, um destino popular no litoral sul, e logo fomos para o Parque Nacional Manoel Antônio, uma reserva de mata tropical à beira do mar. Aliás, os Parques Nacionais totalizam 35% do território da Costa Rica. Passamos a tarde na praia, tomando cerveja local, Imperial, ótima.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
CIDADE DO PANAMÁ -> SANTIAGO
Foi com enorme sensação de alívio que finalmente hoje, às 14 horas, SAÍMOS da Ciudad de Panamá! Nossa impressão não foi das melhores desse lugar.
Mas, não vamos falar das maselas, tão conhecidas, das grandes e sofridas cidades da periferia do capitalismo. Falemos de coisas alegres.
Depois de uma buro-corrupto-cracia infernal, A ONÇA saiu do container ávida por novas aventuras. Caiu na Ruta Panamericana e zuniu feito louca Panamá adentro.
Começou enfim a etapa centro-americana de nossa viagem. Entramos pelo "interiorzão" do Panamá. A ecologia parece continuar a mesma, mata tropical húmida, planície, muito calor, chuvas fortes e rápidas. Mas a paisagem social mudou radicalmente. Os shopings centers sofisticadíssimos alvejados de balas perdidas de favelas adjacentes ficaram para trás. Por aqui, pequenas cidades com pessoas aparentemente felizes.
Paramos em Santiago para dormir, a caminho da fronteira com a Costa Rica.
sábado, 12 de dezembro de 2009
AINDA NA CIDADE DE PANAMA
Passaremos o final de semana na Cidade do Panamá. Houve problemas com a documentação da ONÇA, que ainda está no Puerto Balboa. O imponderável da viagem!
É inverno, o que significa chuvas tropicais rápidas, diárias, sol forte e calor úmido de 30 a 35oC. Este clima, contribuiu para as grandes epidemias de febre amarela, cólera e malária no passado, principalmente durante a construção da ferrovia e do Canal que ligam os oceanos. "Cidade pestilenta" diziam...
A cidade é cheia de contrastes, como várias na América Latina. De um lado a miséria, o desemprego, os cortiços, a violência (tudo isso muito difícil de fotografar), do outro, a sofisticação dos centros comerciais e dos prédios altos e imponentes da orla do Pacífico. Também há um ar nostálgico, caribenho, colorido nas ruas e no centro antigo, que lembra os anos 50. Encantador!
O Canal certamente é estratégico para a economia do país. Passou a ser gerenciado totalmente pelos panamenhos em 1999. Seus recursos possivelmente não melhoraram a vida do panamenho comum.
É nítida a marca dos 70 anos de presença americana na Zona do Canal; bairros inteiros, culinária, palavras faladas na rua, nomes de praças, monumentos... Ouve-se na cidade que a vida piorou depois que os "gringos" foram embora...
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
CIUDAD DE PANAMÁ
Chegamos à Ciudad de Panamá ante-ontem à noite. A ONÇA chegou hoje. Talvez consigamos retirá-la de Puerto Balboa amanhã. Todos os trâmites foram feitos, falta apenas receber um documento do Equador.
Duas coisas nos chamaram a atenção até agora. A primeira é a insegurança. Não fomos vítimas nem presenciamos nenhum ato de violência. Mas, parece que ela está ali, espreitando na próxima esquina. Há soldados armados até os dentes andando por todo lugar. As rádios noticiam crimes a todo momento. No hotel, o staff nos recomenda muito cuidado nas ruas, sair apenas com o mínimo necessário. Andar à noite, desaconselhado. Seguranças particulares com escopetas nas portas dos supermercados. Os motoristas de taxi apontam lugares proibidos. Balas perdidas... Não fosse tudo isso muito familiar a nós, campineiros, estaríamos em pânico.
Outra coisa que chama a atenção é o jeitão "Torre de Babel" que esse lugar tem. Para a sua sorte e o seu azar, o Panamá separa por apenas algumas dezenas de quilômetros os dois oceanos mais importantes do planeta. Por isso esse lugar atraiu tanto interesse e tanta gente desde o século XVI. Talvez a grande característica aqui seja a falta de característica. Africanos, asiáticos, europeus, americanos, todos deixaram suas marcas. E o que é de todos não é de ninguém.
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