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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

GUAYAQUIL, EQUADOR










Chegamos ontem a Guayaquil, no Equador, completando a fase sulamericana da viagem. Ao todo, foram 7.950 km rodados em 21 dias.



Guayaquil é uma grande cidade portuária na foz do rio Guayas, com 4 milhoes de habitantes. As ruas sao largas, e a cidade tem espacos públicos bem cuidados. O mais notável é o Malacon, tres quilometros de cais transformados em um centro cultural, com museus, teatros, cinemas, e muitos jardins.



Estamos agora lidando com os tramites para enviar a ONCA para o Panamá. O processo é complexo e demorado. Calculamos que passaremos mais tres ou quatro dias em despachantes, cartórios, bancos, aduana, etc., para finalmente, se tudo andar bem, estar pronto para embarcar o carro.



As postagens no blog ficarao mais espacadas, pois ninguém merece ficar lendo a descricao de todos os tramites...



MAS CONTINUEM ACESSANDO O BLOG! Assim que tivermos novidades, avisaremos.



Rumo aa America Central!!!



domingo, 29 de novembro de 2009

ENTRADA NO EQUADOR

A chegada ao Equador foi uma surpresa. Levamos horas para encontrar a Aduana na ponte velha, no centro de Huaquilla. Esta é uma ponte pequena que divide o Peru e Equador. Neste sábado de manhã, estava lotada de gente circulando, pequenos comerciantes, músicos, ambulantes, soldados, animais, crianças empurrando carrinhos de mão cheios de frutas, moto-taxis de um lado para outro.

Finalmente na Aduana, os guardas custaram a entender o nosso caso, um carro do Brasil entrando no Equador, e que não vai voltar... não sabiam como registrá-lo, além disso o "sistema" não aceitava as informações. Fomos registrados como um "jeep 1992" entrando no Equador para voltar pela Colombia. Enfim, depois de uma hora e meia, um guarda ajudante saiu em busca de alguma impressora na cidade para imprimir o documento gerado... Contudo, todos foram muito gentis e atenciosos, como sempre.

No início essa situação toda gerou muito estresse, mas depois de algum tempo, no meio de tanta confusão, relaxamos, esquecemos dos nossos planos para o dia, e aproveitamos esta experiência interessante e única.

SOBRE O TRÂNSITO NO PERU

Depois de oito dias no Peru, rodando mais de três mil quilômetros passando por pequenas, médias e grandes cidades, dá para dizer que dirigir aqui é uma experiência de tirar o fôlego. Nas cidades, as ruas são tomadas por multidões de pequenos taxis, mototaxis e lotações apinhadas de gente que andam em todas as direções buzinando alucinadamente sem motivo aparente. Sem nenhuma sinalização prévia, eles cruzam da direita para a esquerda, da esquerda para a direita, inventem o sentido do trajeto e buzinam, buzinam, buzinam. A maioria dos cruzamentos não tem semáforos. E quando eles existem, a luz vermelha é apenas uma sugestão de parada. A noção de preferencial parece que não existe. Nos cruzamentos negocia-se meio por telepatia quem entra e quem espera. É interessante que a gente acaba aprendendo esse jogo. No começo ficávamos paralisados, em pânico, diante de um cruzamento. Depois de alguns dias, fomos nos soltando, e, de repente, pronto, a gente entrava no meio da confusão caótica de carros e particpava do jogo. Os pedestres não têm vez, e as faixas de pedestres, há há há...

sábado, 28 de novembro de 2009

VIVA O PERU!

Cruzamos o Peru de sul a norte. De Tacna (fronteira com o Chile, por onde entramos) a Tumbes (fronteira com o Equador, onde estamos agora), rodamos 3.099 km, em 47 horas de direção! Não foram muitos dias, um pouco mais de uma semana. Mas a experiência foi tão intensa que saímos com uma boa noção do país. Rodamos por montanhas altas e geladas, vales e canyons profundos, desertos enormes e mar, muito mar. E o povo, é ainda mais bonito que as paisagens. Faltou a amazônia peruana. Fica para a próxima. Como disse um amigo nosso peruano, os olhos ficam pequenos em meio a tanta beleza.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

TRUJILLO, PERU







Passamos o dia conhecendo a belíssima Trujillo. Esta, com cerca de 850 mil habitantes, disputa com Arequipa a posição de segunda maior cidde do Peru. O centro histórico é formado por um conjunto de 50 quadras, com forte influência colonial espanhola, delimitadas por uma avenida em forma de anel. No centro está a Plaza de Armas, ampla e colorida (fotos). Hoje durante o dia presenciamos inúmeros comícios e passeatas de categorias profissionais reivindicando melhorias salariais. À noite foi a vez de grupos evangélicos organizados lerem trechos da bíblia, com muitos jovens cantando e dançando até tarde.
Em Trujillo encontra-se o sítio arqueológico de Chan Chan (foto), considerada a maior cidade de adobe do mundo. São marcas de uma civilização (povo Chimu) que floresceu entre os séculos XII e XV, até ser conquistada pelos Incas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A BANDEIRA DO BRASIL

Deixamos Lima rumo norte, pelo litoral, e rodamos cerca de 600 km até Trujillo, cidade sobre a qual comentaremos amanhã.
A postagem de hoje é sobre a nossa bandeira. Estávamos em dúvida se levaríamos uma bandeira brasileira hasteada na ONÇA. Pensávamos que talvez fosse um exibicionismo desnecessário. Agora vemos que foi bastante oportuno ter trazido nossa bandeira.
Em primeiro lugar, ela tem sido um fator de aglutinação. Brasileiros radicados em muitas das cidades por onde passamos vieram até nós atraídos pela bandeira, nos cumprimentar, perguntar de que cidade somos, contar suas histórias, seus sonhos, suas desilusões.
Além disso, é surpreendente como a bandeira chama a atenção de moradores locais. Nesta viagem, quantos e quantos argentinos, chilenos, peruanos acenaram para nós contando que estiveram no Brasil em tal ano, que têm um parente morando no Brasil, comentando algo sobre alguma celebridade brasileira, ou simplesmente gritando "Brasil, Brasil". Foram incontáveis histórias ouvidas com prazer, como a de um argentino que fugindo da ditadura foi viver no Braz, onde vendia alho e cebola de porta em porta. Esses contatos com gente simples, alegre, comunicativa enriqueceram muito nossa viagem.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

AREQUIPA -> PUERTO INCA -> LIMA











Segunda-feira (23/11/09), saímos de Arequipa cedinho e seguimos oeste, por uma serra de areia e pedras, até o litoral, retomando o rumo norte na Ruta Panamericana. A estrada acompanha o mar. De um lado, um costão de pedras vulcânicas, penhascos altíssimos e praias vazias. De outro, montanhas altas, antigos vulcões extintos. Um cenário dramático, talvez este tenha sido o trecho mais deslumbrante da viagem até agora. Após 6h30min de direção, paramos em Puerto Inca, em um camping na beira do mar e ao lado de ruínas do porto inca mais antigo conhecido. Cozinhamos, jantamos ao luar e dormimos cedo, ao som forte das ondas do mar aberto (foto).


Rumo a Lima

A viagem do dia seguinte foi cansativa, seguimos norte durante 8h30min de estrada. até Lima. No caminho cruzamos algumas das famosas e intrigantes "linhas de Nazca", que avistamos do alto de um mirante. Chegamos à grande Lima e decidimos ficar ao sul, em um recanto bonito chamado Barranco, também na frente do mar.

MARIA

Temos quatro filhas. Essa postagem é para a caçulinha.

Oi Maria, estamos morrendo de saudades de você. Logo nos encontraremos em Lawrence.
Um beijo.
Ricado e Rita

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CAÑÓN DEL COLCA, PERU







Deixamos Arequipa rumo nordeste. Cerca de 170 quilômetros adiante, rodando por alguns trechos de terra bastante precários, entramos num dos mais profundos canyons do planeta, chamado Cañon del Colca. No caminho, a altitude incomodou um pouco. Saímos de 2400 metros e atingimos 4.890, para depois baixar para 3.700 metros.
Este canyon foi habitado, há dois mil anos, por povos que construíram sistemas de coletas de água e armazenamento de grãos que ainda são vistos nas encostas.





























domingo, 22 de novembro de 2009

AREQUIPA, PERU







"La Ciudad Blanca", construída com pedras vulcânicas chamadas sillar, tem um aspecto elegante e austero. É circundada por altas montanhas, Misti, Pichu Pichu e Chachani, avistadas de todos os lugares.



A experiência em Arequipa é única. O centro antigo, chamado Cercado, é cheio de atrações fortes e intrigantes, como a Plaza de las Armas (fotos de ontem) e a Praça e Igreja de San Francisco. O Mosteiro de Santa Catalina é uma verdadeira cidade, onde monjas católicas viveram em claustro por 370 anos, só aberto em 1967. Silencio é o que se lê na praça central do Mosteiro, onde as freiras, em silêncio, passavam horas lendo o evangélio. As histórias das mulheres que passaram por ele, durante séculos, são impressionantes.



A cidade sofreu muitos terremotos e foi sempre recontruída.














sexta-feira, 20 de novembro de 2009

AREQUIPA, PERU



































Após os trâmites de fronteira no Peru (vídeo), rodamos 400 quilômetros rumo noroeste em estradas estreitas, tortuosas e movimentadas, e chegamos a Arequipa, quase um milhão de habitantes, a 2.300 metros de altitude. Não deu ainda para tem uma noção precisa, mas a cidade parece ser muito viva, com trânsito intenso, caótico, e pessoas alegres andando pelas ruas e praças. A Plaza de las Armas (fotos) é majestosa, hispânica, com igrejas e arcos feitos em pedras claras, o que dá um tom alegre e singular ao lugar. A cidade branca!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ARICA, CHILE










Deixamos o Deserto de Atacama para trás. Chegamos a Arica, no extremo norte do Chile, banhada pelo Pacífico. É uma cidade portuária, zona franca, cerca de 200 mil habitantes, grande para os padrões da região. O sol continua intenso, mas a humidade e a abundância de oxigênio deixa tudo mais confortável.

Na chegada, um incidente. Estávamos dirigindo no centro da cidade, trânsito conturbado, de repente um menino atravessou correndo nossa frente e... um susto. O menino caiu no asfalto, um aglomerado de gente se formou, descemos imediatamente, o menino estava bem, não houve nada. Muita gente em volta, solidariedade, tudo resolvido.

Depois de tantos dias de aridez, resolvemos passar uma tarde na praia, com direito a banho de mar. O Pacífico é muito gelado. E, fantástico, o sol se põe no mar! Estranho...










quarta-feira, 18 de novembro de 2009

PICA, Deserto do Atacama, CHILE












Estamos em Pica, com todo o respeito!

Deixamos San Pedro de Atacama hoje cedo, após uma breve passagem no Centro de Saúde local. Um dente do Ricardo se quebrou ontem à noite, após uma mordida mais entusiasmada. Hoje cedo, antes de partirmos, passamos no dentista, que fez um reparo que deve durar até chegarmos a Kansas. Rápido e eficiente.

Cruzamos longitudinalmente cerca de 450 quilômetros do Deserto de Atacama. A paisagem é desoladora durante todo o percurso. Seca, muito seca, extremamente seca. No caminho, um oásis (foto).

Ao entardecer chegamos à pequena cidade de Pica, aos pés da Cordilheira (1.300 metros). No meio do deserto, uma cidade com casas coloridas, pomares de laranja e manga nos quintais, e, incrível, diversos moradores na praça central com seus laptops. A praça é wi-fi zone!
Passaremos a noite em uma casa alugada de uma senhora muito simpática. Amanhã cedo continuaremos rumo norte até a fronteira com o Peru.












terça-feira, 17 de novembro de 2009

PASSO DE JAMA - SAN PEDRO DE ATACAMA






















Estamos no Chile!!!

Dia intenso, após 650km de estrada e 8,5 horas de direção chegamos a San Pedro de Atacama. A ONÇA está ótima novamente.

O caminho é um show de paisagens - paredes de pedra e terra, vulcões, salares, extensões imensas de sal e terra, tudo debaixo do sol quente do deserto e do vento frio da altitude.

A entrada no Chile foi pelo Passo de Jama, a 4.400m de altitude. A partir daí entramos propriamente no altiplano da Puna do Atacama, e continuamos rodando longos 100 km em altitudes que variaram entre 4.600 e 4.800 metros. A umidade relativa do ar chegou a 15% (impensável), nenhum ser vivo em dezenas de km.

Não paramos no caminho, a aridez do deserto e a impossibilidade de vida alí nos fez ter pressa de chegar.

San Pedro de Atacama é um Oasis.