GRAND CANYON, O ÚLTIMO PARQUE

Chegamos ao Grand Canyon National Park, no Arizona, onde acampamos nossas últimas três noites nestas férias. Este é o parque mais conhecido, e talvez mais visitado, dos Estados Unidos. Ficamos na margem norte (north rim) do canyon, mais alta, mais isolada, mais remota. Mais bonita? Difícil dizer. Vamos ter que voltar para verificar melhor e responder.

Ao todo, rodamos 8 mil quilômetros. Pena que as férias acabaram.

Até a próxima.

BRYCE CANYON

Partimos para o Bryce Canyon National Park, conhecido nos Estados Unidos pela sua beleza. Chamam de "anfiteatro" este conjunto de formas e picos espalhados numa grande área circular. O parque está em terra privada, o que torna tudo em volta caro e monopólio de uma só familia - hoteis, restaurantes, camping, supermercado, posto de gasolina...

Quando estávamos deixando o parque, numa parada para fotos, Rita deixou cair no acostamento sua bolsa tiracolo com dinheiro, cartões de crédito e os passaportes dela e da Maria. Só percebemos isso cem quilômetros adiante. Voltamos e, para surpresa, a bolsa estava no setor de achados e perdidos do parque.

CAPITOL REEF NATIONAL PARK

Nosso próximo destino foi o Capitol Reef National Park, onde acampamos três noites, ao som dos coyotes. Nos arredores do parque passamos de carro por uma das mais lindas trilhas de toda a viagem: a Burr Trail, cerca de 120 quilômetros em pleno deserto, entre morros e paredes de pedra. No dia seguinte pegamos o outro lado desta estrada, a Highway 12 (cliquem no link e vejam o filminho, vale a pena!), construida sobre uma crista de serra estreita e alta entre dois vales profundos. Esta estrada tem a fama de ser o caminho mais bonito dos Estados Unidos. A presença de um rio se percebe pelo rastro verde (foto superior esquerda).

ARCHES

Apenas 100 quilômetros adiante e chegamos ao Arches National Park.
São Arcos, colunas e monumentos de pedra que resultaram de erosão pelas raras chuvas e ventos fortes, por milhares de anos. Diferentes camadas de rocha se desgastam em diferentes tempos...
A paisagem continua sendo o deserto com arvores retorcidas e pouca água, num lugar que já foi mar e floresta. São testemunhos do que houve na Terra a mais de 100 milhões de anos. Esta dimensão de tempo passado é quase inconcebível!

ENFIM, FORA DA ESTRADA

Achávamos que asfaltaram os Estados Unidos inteiro. Nesses seis meses por aqui não havíamos ainda encontrado caminhos de terra. Mas enfim, no Canyonlands National Park, lavamos a égua, ou melhor, a ONÇA. Vejam as fotos.
Saímos de Black Canyon rumo oeste para entrar no paraíso dos jipeiros de Utah.

Acampamos num lugar bastante retirado nos confins do parque. Para chegar lá atravessamos pirambeiras muito técnicas. O ângulo de saída da ONÇA era pequeno para enfrentar as valetas.

Na volta estouramos um amortecedor (o terceiro desde que saímos de Campinas) e tivemos que voltar para a civilização atrás de conserto.

BLACK CANYON OF THE GUNNISON NATIONAL PARK

Deixamos Rocky Mountain para trás e fomos para o Black Canyon of the Gunnison National Park. Este parque foi criado para preservar e proteger o canyon que o Rio Gunnison esculpiu na rocha nos últimos não sabemos quantos milhões de anos. Aquela história, água mole em pedra dura... Ficamos abismados!

Essa parede de rocha que vocês vêm (abaixo das flores) tem cerca de 700 metros de altura!

Já estamos no deserto americano, terra de Malboro, temperatura variando entre 10 e 40 Celsius, mas às margens do rio tudo é verde, o que torna a paisagem ainda mais bonita.

COLORADO PLATEAU

Chegamos em Lawrence no dia 2 de janeiro deste ano e logo começamos a trabalhar duro na Universidade do Kansas. Maria chegou dia 7 de janeiro e já no dia seguinte estava matriculada na escola do bairro. Após um semestre de trabalho, tiramos duas semanas de férias e aproveitamos para visitar uma região lindíssima e pouco conhecida (no Brasil): os Parques Nacionais do "Colorado Plateau".

O Colorado Plateau é um planalto que abrange parte dos estados do Colorado, Utah, Arizona e Novo México. Segundo contam, há n milhões de anos era um mar, mas n-x milhões de anos atrás o fundo desse mar se elevou cerca de 3 mil metros. A região é um imenso deserto, onde a ação do vento e da água por outros milhões de anos desenhou uma das paisagens mais espetaculares do planeta.

O primeiro parque visitado foi o Rocky Mountain National Park. O deserto ainda não começou. Apesar de quase estarmos no verão, a temperatura esteve entre -5 e 10 Celsius, nevando boa parte do tempo. Acampamos durante três dias no parque. De dia a rotina era caminhar por vales e florestas de pinheiros. À noite, fogueira, vinho e um bom churrasquinho de hamburguer (sorry!). Vejam as fotos.

Nos próximos dias iremos postando textos e imagens dos outros parques visitados. Acompanhem e comentem.